A opinião pública portuguesa é um carneiro que persegue ordeiramente o pastor. E damos por nós todos a pensar em… vejamos:
- O curso do primeiro-ministro; ninguém falou de outra coisa durante um mês. Foi uma loucura.
- As máquinas de Multibanco; pelo país fora, muitos foram os relatos de máquinas extirpadas com escavadoras.
- O aeroporto; foi a maior actividade cívica desde o 25 de Abril, se excluirmos a visita do bispo Ximenes Belo a Lisboa por volta da independência de Timor.
- Crise no BCP; pelo nível de discussão a que se chegou, o Banco Comercial é mesmo Português.
- As urgências; não é preciso dizer nada. Um drama. Caiu o ministro, levantou-se a ministra. Uns óbitos mais ou menos inóspitos foram sendo notícia e se o objectivo era instigar o povo, a missão acabou cumprida.
- Avaliação dos professores; uma questão ininteligível. Só sei que os professores não querem ser avaliados a meio do ano e isso até faz algum sentido. Mas depois a avaliação corresponde ao ano lectivo inteiro, o que também faz algum sentido. Enfim.
- “Dá-me o telemóvel, já!”; o filme do ano. Já todos os portugueses viram. Mas o mais fixe é que só há violência nas escolas por causa do vídeo no You Tube. Se o rapaz não tivesse publicado o vídeo, ainda agora a escola em Portugal era um exemplo.
E pronto, do percurso académico do primeiro-ministro ao banzé numa escola, é basicamente sobre isto que pensamos, quando não estamos a pensar em futebol.
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