quinta-feira, 31 de julho de 2008

MÃOS MUITO LARGAS, QUANDO A ESMOLA É GRANDE O POVO DEVE DESCONFIAR

Enquanto o Presidente da República fala e não fala - à hora que escrevo já falta menos de uma hora - gostava de perguntar aqui se alguém sabe a razão que levou Manuel Pinho, o nosso desastrado ministro da Economia, a dar duas entrevistas para serem publicadas no mesmo dia e em revistas concorrentes? Confesso que só li a da Visão, onde o ministro revela, em primeiríssima mão, que "o Governo vai oferecer 4,5 milhões de lâmpadas". O quê? Depois dos computadores a preço de amigo para os estudantes, depois do Magalhães e dos grandes negócios com a Líbia, a Venezuela e Angola, agora vamos ter lâmpadas à borla? E ninguém se espanta? O major Valentim Loureiro, coitado, foi acusado de populismo por oferecer electrodomésticos nas autárquicas de Gondomar, mas Sócrates desata a oferecer bens de consumo doméstico privado em período pré-eleitoral e fica tudo mudo e quedo? Isto começa a não ser normal.
do Cortafitas

MAIS UM EMBUSTE


Primeiro foram as notícias que davam conta de uma nova fábrica da Intel em Portugal. Um sucesso, garantia-se, que já tinha 4 milhões de encomendas ainda antes de ser instalada a primeira pedra. Um investimento que iria criar 1000 postos de trabalho qualificados, na zona de Matosinhos, graças à diligência do Governo. A apresentação foi ontem. Com pompa e circunstância a imprensa andou dois dias a anunciar o “primeiro portátil português”. O Magalhães é um computador inspirado no navegador, diziam ontem as televisões em coro. Para dar credibilidade à coisa, o mais famoso relações públicas nacional e o presidente da Intel subiram ontem ao palco do Pavilhão Atlântico para a "apresentação mundial" deste computador de baixo custo.

Um único problema. Não só o computador não tem nada de novo como a única coisa portuguesa é a localização da fábrica e o capital investido. A "novidade mundial" ontem apresentada, já tinha sido
anunciada a 3 de Abril - no Intel Developer Forum, em Shangai - e foi analisada pela imprensa internacional vai agora fazer quatro meses. O tempo que tem a segunda geração do Classmate PC da Intel, que é o verdadeiro nome do Magalhães. De resto, o primeiro computador mundial para as crianças dos 6 aos 11 anos, características que foram etiquetadas pela imprensa lusa por ser resistente ao choque e ter um teclado resistente à agua, já está à venda na ìndia e Inglaterra. No primeiro país com o nome de MiLeap X, no segundo como o JumpPC. O “nosso” Magalhães é isso mesmo, uma versão produzida em Portugal sob licença da Intel, uma história bem distinta da habilmente "vendida" pelo governo para criar mais um caso de sucesso do Portugal tecnológico.

Fábrica da Intel nem vê-la e os tão falados 1000 novos postos de trabalho ainda menos, tudo se ficando por uma extensão da actual capacidade de produção da fábrica da JP Sá Couto. Serão
80 novos empregos, 250 se conseguirem exportar para os Palops. Os tais 4 milhões, que já estavam assegurados, lembram-se? Só que as 4 milhões encomendas não passam de wishfull tinking do nosso primeiro. E muito pouco credível. Em todos os países onde o computador está à venda é produzido através de licenças com empresas locais. Como explicou o presidente da Intel, a empresa continua à procura de parceiros locais para ganhar quota de mercado com o Classmate PC, não o Magalhães.

A guerra de Intel é outra, como se pode perceber no
relato que um dos mais reputados sites tecnológicos - a Arstechnica, do grupo editorial da New Yorker - faz da apresentação da Intel e do governo português: espetar o derradeiro prego no caixão do One Laptop for Child, o projecto de Nicholas Negroponte e do MIT para destinar um computador a cada criança dos países do terceiro mundo. É essa a importância estratégica para a Intel. O resto é fogo de vista para português ver.
do zero de conduta

CAVACÓLOGOS

Os cavacólogos estarão certamente neste momento a tentar interpretar todos os sinais para perceber o que é que Cavaco Silva vai dizer logo à noite. Eu aposto em eleições legislativas antecipadas.

POR ESTAS E POR OUTRAS, É QUE EU NÃO ENTRO EM CASINOS NUNCA ACERTO NO JOGO. POR MAIS QUE SE DESEJE ALGO NEM SEMPRE ESSE SE REALIZA.

actualizado a 1 de Agosto 2008

terça-feira, 29 de julho de 2008

segunda-feira, 28 de julho de 2008

LISBOA É PORTUGAL O RESTO É PAISAGEM

Durante o mês de Agosto não se pagam portagens na ponte 25 de Abril. A medida tem vindo a ser tomada há vários anos, explicou uma fonte oficial do ministério das Obras Públicas. Desde 1996 que o Estado compensa a Lusoponte pela perda de receitas das portagens deste mês. Portanto põe-se todo o país que trabalha a pagar a praia da capital ...

FALAR VERDADE

"Sócrates não pode continuar a governar Portugal (...), é um insulto os portugueses serem governados por ele", disse Jardim no Chão da Lagoa

POLITICA ECONÓMICA DE SÓCRATES

A política económica de Sócrates funciona mais ou menos assim: Nós temos aqui milhares de empresas que conseguimos espremer. As contas do Estado estão, pelos padrões portugueses, mais ou menos em ordem. Vamos então pesquisar pelo mundo empresas estrangeiras que queiram investir em Portugal em coisas giras ou não tão giras para darmos um ar de modernidade e desenvolvimento. Claro que se as convidamos para vir cá, temos que lhes dar alguma coisa porque elas não aceitariam ser espremidas como são as empresas portuguesas. Vamos então dar-lhes benefícios fiscais. Esqueçamos que os mesmos benefícios fiscais, convertidos numa redução de impostos generalizada, poderiam fazer maravilhas pela economia portuguesa. O essencial é que nós, o governo, nos vejamos e sejamos vistos como agentes dinamizadores da economia. Para isso temos que destruir o que não é visto (aquilo que pequenas, médias e grandes empresas podem fazer sem a nossa intervenção), e realcemos o que pode ser visto por todos (todas as inaugurações e cerimónias de lançamento de mais um grande projecto).

PS - Se nós, o governo, queremos ser vistos como agentes directores da economia temos pelo menos que parecer estar a dirigir aquilo que na verdade é uma ordem espontânea, pelo que também nos interessa aparecer como agentes directores da mudança daquilo que mudaria de qualquer das formas.

Por JoãoMiranda in Blasfémias

domingo, 27 de julho de 2008

MENTIRA NO ALENTEJO

O investimento da Embraer em Portugal, que está a ser anunciado como salvação da pátria, é de 148 milhões de euros. Hoje em dia, há prémios de lotaria mais elevados.
Mesmo assim, o nosso primeiro-ministro diz que este investimento marca uma nova era industrial em Portugal. E nós desculpamos Sócrates porque Sócrates não sabe o que quer dizer «nova era industrial». Ouviu ontem num documentário do Discovery e achou graça à ideia.
Mas o investimento da Embraer não marca uma nova era industrial em Portugal, nem nada que se pareça com isso. Dos 148 milhões de euros, uma parte é para o fabrico de estruturas metálicas (uau!) e outra para componentes de resinas (ui!).
Nova era industrial? O que marcava uma nova era industrial em Portugal era o povo correr com este vendedor de banha da cobra.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

quinta-feira, 24 de julho de 2008

SUCESSO DO GOVERNO SOCRATES

Sucessos da política do medicamento do XVII Governo
Medicamentos MNSRM custam mais 5,2% desde que se vendem fora das farmácias.

BENFICA

> Naquele tempo... Deus criou o mundo, e para que os Homens prosperassem,
> concedeu-lhes 2 virtudes:
> a) Aos Suíços, fê-los ordenados e cumpridores da lei;
> b) Aos Ingleses, fê-los persistentes e estudiosos;
> c) Aos Japoneses, fê-los trabalhadores e pacientes;
> d) Aos Italianos, alegres e românticos;
> e) Aos Franceses, fê-los cultos e refinados.
> f) Aos Alemães, fê-los disciplinados e bravos;
> > > Ao chegar aos portugueses, voltou-se para o anjo Gabriel, que tomava notas,
> e disse:
> - Os portugueses vão ser inteligentes, boas pessoas e vão ser do BENFICA
> Então o anjo disse a Deus:
> - Senhor, deste a todos os povos duas virtudes e aos portugueses
> três... Isto fará com que prevaleçam sobre todos os demais.
> > > > Então Deus reflectiu e disse:
> Tens razão Gabriel... Como as virtudes Divinas não se podem tirar, ordeno
> que os portugueses, a partir de agora, podem ter qualquer das três, mas que
> a mesma pessoa não possa ter mais do que duas virtudes de cada vez.
> Assim seja que:
> 1. Português que seja do BENFICA e boa pessoa, não pode ser inteligente.
> 2. Português que é inteligente e do BENFICA, não pode ser boa pessoa.
> 3. E Português que é inteligente e boa pessoa, não pode ser do BENFICA.
> > > > Palavra de DEUS

recebido por email

quarta-feira, 23 de julho de 2008

LADRÕES HÁ MUITOS

O preço do petróleo já baixou mais de 20 dolares no mercado de Londres que serve de referencia para Portugal, porque é que estes FDP´S não baixam os combustiveis?

terça-feira, 22 de julho de 2008

NORUEGA

Coloco aqui uma foto de um vale Norueguês, que dedico ao meu leitor(a) da Noruega, que várias vezes visita aqui o blog.
Abraço

segunda-feira, 21 de julho de 2008

POBREZA, MISÉRIA E GANDULICE

Para mim pobre é aquele que por ganhar pouco ou por não conseguir trabalho não consegue ter um rendimento suficiente para ter acesso aos bens essências. A pobreza não é novidade em Portugal, já teve uma dimensão muito maior, foram muitos os deixaram de ser pobres, ou porque emigraram ou porque fizeram sacrifícios para que a educação permitisse aos filhos romper o circulo da pobreza. Na minha infância e juventude convivi com a realidade da pobreza, muitos deixaram de o ser, tive colegas que eram filhos de sapateiros que se licenciaram, filhos de trabalhadores rurais que todos os dias andavam 20 km para irem à escola.
Não querer trabalhar e esperar que o Estado proporcione uma casa gratuita, que o governo assegure um rendimento mínimo e ir à Junta de Freguesia pedir dinheiro para os medicamentos pode ser pobreza, mas também pode ser gandulice. É pobreza se resultar de circunstâncias alheias à vontade do próprio, é gandulice se for uma opção de vida.
Quando a gandulice se associa a hábitos como retirar as crianças da escola muito antes de chegarem ao termo da escolaridade obrigatória, ou recusar o acesso às filhas por se considerar que não é esse o papel das mulheres a gandulice dá lugar à miséria cultural.
Por cá andamos a fazer de conta que não percebemos o que é óbvio, até houve quem defendesse que as políticas de Sócrates justificava que alguns andassem aos tiros com os outros. Quando um partido como o PCP justifica a criminalidade com o desemprego, sabendo que nenhum dos andam armados na Quinta da Fonte alguma vez trabalharam ou lhes passou isso pela cabeça, é porque neste país andamos mesmo parvos.
Em tempos Cabo Verde foi questionado por não distribuir a ajuda alimentar gratuitamente, em vez disso exigia aos seus cidadãos trabalho em troca dessa ajuda alimentar. Os ocidentais não percebiam que era um erro habituar um povo a receber sem ter que se esforçar. Os resultados estão à vista.
Por cá temos resolvido os problemas da pior forma, gastando dinheiro. Os chamados “intelectuais de esquerda” ficam felizes pois superam os seus traumas ao verem a sociedade espiar os seus pecados. Os governos de direita ou de esquerda dão o assunto por resolvido, os subsídios dão a ilusão estatística de que a pobreza está a ser superada, pouco importando que apenas se tenha transformado em gandulice. A própria Ferreira Leite da primeira vez que abriu a boca foi para dizer que o dinheiro das obras públicas era para distribuir pelos pobres, mas tivemos sorte, na semana seguinte descobriu que não havia dinheiro e deu o dito por não dito.
Talvez seja tempo de abordar este problema de frente e reconhecer que não é com complexos ideológicos e discursos da treta que se resolve, é seguindo o exemplo do governo de Cabo Verde.
Roubado ao jumento




acrescento eu " não lhes dês peixe, ensina-os a pescar"

PORTUGAL "TÁ BONITO, TÁ..."

Neste país, tão cheio de dificuldades para quem tem rendimentos declarados, dinheiro público não pode continuar a ser desviado para sustentar predadores profissionais dos fundos constituídos em boa fé para atender a situações excepcionais de carência. A culpa não é só de quem usufrui desses dinheiros. A principal responsabilidade destes desvios cai sobre os oportunismos políticos que à custa destas bizarras benesses, compraram votos de Norte a Sul. É inexplicável num país de economias domésticas esfrangalhadas por uma Euribor com freio nos dentes que há famílias que pagam "quatro ou cinco Euros de renda" à câmara de Loures e no fim do mês recebem o rendimento social de inserção que, se habilmente requerido por um grupo familiar de cinco ou seis pessoas, atinge quantias muito acima do ordenado mínimo. É inaceitável que estes beneficiários de tudo e mais alguma coisa ainda querem que os seus T2 e T3 a "quatro ou cinco euros mensais" lhes sejam dados em zonas "onde não haja pretos". Não é o sistema em Portugal que marginaliza comunidades. O sistema é que se tem vindo a alhear da realidade e da decência e agora é confrontado por elas em plena rua com manifestações de índole intoleravelmente racista e saraivadas de balas de grande calibre disparadas com impunidade. O país inteiro viu uma dezena de homens armados a fazer fogo na via pública. Não foram detidos embora sejam facilmente identificáveis. Pelo contrário. Do silêncio cúmplice do grupo de marginais sai eloquente uma mensagem de ameaça de contorno criminoso - "ou nos dão uma zona etnicamente limpa ou matamos." A resposta do Estado veio numa patética distribuição de flores a cabecilhas de gangs de traficantes e autodenominados representantes comunitários, entre os sorrisos da resignação embaraçada dos responsáveis autárquicos e do governo civil. Cá fora, no terreno, o único elemento que ainda nos separa da barbárie e da anarquia mantém na Quinta da Fonte uma guarda de 24 horas por dia com metralhadoras e coletes à prova de bala. Provavelmente, enquanto arriscam a vida neste parque temático de incongruências socio-políticas, os defensores do que nos resta de ordem pensam que ganham menos que um desses agregados familiares de profissionais da extorsão e que o ordenado da PSP deste mês de Julho se vai ressentir outra vez da subida da Euribor.

Mário Crespo, jornalista,hoje, no Jornal de Notícias.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

ANGOLA " NOTÁVEL"

Este nosso primeiro deve estar abrincar com os Portugueses a julgar pelas declarações de ontem, em visita a Angola: "Venho aqui dar uma palavra de confiança a Angola no trabalho que o Governo angolano tem feito que é, a todos os títulos, notável. (...) Angola tenha hoje um prestígio internacional, que tenha subido na consciência internacional e que seja hoje um dos países mais falados e mais reputados."

PETRÓLEO

O barril de petróleo já baixou mais de 10 dólares esta semana, quando será que o preço dos combustiveis baixa nas bombas. Estaremos já a pagar a taxa Robin dos Bosques?
Eu até preferia que se chamasse taxa Zé do Telhado, sempre era mais Portuguesa e sabiamos quem era o Zé.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

LIÇÃO DE CÓDIGO


SOCRATES FOI VISITAR OS AMIGOS A ANGOLA

O Pinto de Sousa foi visitar o amigo José Eduardo a Angola, já tinha ido visitar e convidar para uma visita cá a casa o amigo Hugo Chávez e quando vier de Angola vai ali à Libía visitar o amigo Kadhafí.

Diz-me quem são os teus amigos dir-te-ei quem és.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

PROVOCAÇÃO

Qual o Clube mais GAY da Europa?
Tem equipamento 'cor-de-rosa'
Mister de nome : 'Qui Cú' Flores
E queriam ir (ah..ah…ah…ah…) de ' Empurrão para a Europa'
Vejam lá se adivinham .. ?

CARLOS QUEIROZ SERÁ MESMO O HOMEM CERTO?

Com apenas 1 título conquistado como treinador principal de uma equipa sénior no curriculum, a Taça de Portugal ganha ao serviço do Sporting, Carlos Queiroz foi hoje anunciado como seleccionador nacional de futebol. E é o “homem certo para o lugar certo”, diz-se em “onda”, quase unanimemente. Já eu preferiria um treinador com mais experiência como treinador principal, com mais sucessos desportivos no curriculum, que não se fizesse pagar tão bem como Queirós e, sobretudo, que fosse alguém capaz de transmitir humildade a uma selecção que, tal como Queirós, parece que já ganhou tudo e mais alguma coisa. E Portugal nunca ganhou nada. Sem pensar muito, ocorrem-me três nomes: Manuel Cajuda, Carlos Carvalhal e Manuel José. Com a escolha de qualquer um destes três ficaria mais satisfeito.

POBRES DE PRIMEIRA E POBRES DE SEGUNDA

Quando assisto aos acontecimentos em Loures e vejo uma manifestação junto à Câmara Municipal de Loures interrogo-me sobre o dualismo com que a pobreza está a ser tratada em Portugal, dualismo que está presente cada vez mais no discurso político.
Lembrei-me de um caso que há alguns meses passou na nossa comunicação social, que dava conta da intenção da Segurança Social de tirar os filhos a uma mãe por não os ter condições para criar, trabalhadora agrícola não tinha emprego certo, por ser pobre não tinha casa em condições. Isto é, enquanto os “pobres” da cidade fazem uma manif para trocar de casa e beneficiam de rendimento mínimo, tanto maior quanto mais se multiplicar a prole, ali ao lado, para os lados de Santarém, o mesmo Estado recusa o direito de ser mãe a alguém que nada recebia do Estado. Há algo de errado em tudo isto.
Tal como em tudo o politicamente correcto diferencia os pobres em dois grupos, os que devem ser tratados com cuidado dos que podem ser esquecidos. Se formos às aldeias da zona serrana do Algarve (a que conheço) encontramos muitos milhares de portugueses que vivem no limiar da pobreza, trabalhando arduamente para obterem recursos mínimos para sobreviver. Como nunca optaram por construir uma barraca numa qualquer cidade e não pertencem a nenhum grupo étnico ou têm que fazer pela vida.
Mas não é preciso ir tão longe, basta ficar em Lisboa para assistirmos a alguns espectáculos preocupantes. Lembro de no tempo em que João Soares estava à frente da CM de Lisboa, quando estavam a ser distribuídas centenas de casas, o espectáculo preferido das televisões em vésperas de eleições autárquicas, era ouvir os protestos dos que recebiam as novas casas, protestavam por coisas como o facto de a casa ter apenas três quartos quando os filhos eram três e coisas do género. Aqui já nem chega a comparação com os outros pobres esquecidos pelo Estado, até a chamada classe média fica incomodada, quantas famílias da classe média, a que paga impostos para pagar isto tudo, consegue ter a casa que deseja ou mudar de casa sempre que está incomodada com a vizinhança, como, aliás sucede nas imediações dos novos bairros de reinserção social onde se perdeu a segurança e tranquilidade?
Parece que em Portugal há pobres de primeira e pobres de segunda classe, os de segunda classe são os que trabalharam toda a vida, pagaram impostos e segurança social e que vivem em casas degradadas ou suportam rendas caras e beneficiam de pensões miseráveis. Os pobres de primeira classe nunca descontaram, quando trabalham fazem-no no mercado paralelo e sentem-se no direito de serem mantidos pelo Estado.
Já alguém viu o presidente da CM de Loures mais o Governo Civil de Lisboa receberem um grupo de “pobres de segunda classe” acompanhados de representantes associativos, eclesiásticos e advogados com nome na praça? Já alguém viu o governador civil de Faro visitar uma das aldeias da Serra do Caldeirão sem estradas de acesso, onde as pessoas vivem em casebres, não passando pela cabeça de ninguém exigir casa nova ou ordenado sem trabalhar?


O Jumento

sexta-feira, 11 de julho de 2008

AVIÕES

VAI UM VIAGEM?

Experimente pilotar um avião. Clique aqui e divirta-se.

PLANO TECNOLÓGICO

Outra das grandes preocupações do Governo no início do seu mandato, passava pela "generalização do acesso à Internet e às tecnologias de informação e comunicação (TIC)". Ora, se em 2005/2006, altura em que o Governo tomou posse, Portugal ocupava a 27.º posição no ranking que mede o acesso às TIC, tendo o Governo assumido o compromisso de melhorar tal posição, a verdade é que Portugal ocupa em 2007/2008 a 28.ª posição.
Onde é que anda a oposição?

COMPETITIVIDADE

Uma das preocupações do Governo no seu Programa, passava pela fraca competitividade de Portugal "a fraca competitividade e a baixa produtividade estão na raiz do baixo crescimento da economia portuguesa. Em vez de melhorarmos, temos descido nos rankings internacionais". O Programa remete para um quadro, no qual constatamos que Portugal, em 2003/2004, se encontrava em 25.º lugar no quadro da competitividade. Ora, de acordo com a mesma fonte utilizada pelo Governo, Portugal, em 2007/2008, encontra-se em 40.º lugar no mesmo quadro da competitividade, o que significa que desceu 15 lugares desde 2003/2004. Onde é que anda a oposição?

BONS ALUNOS


É um autêntico milagre.

Subitamente tornámo-nos um país de matemáticos.

Se eu andasse agora a estudar até tirava positiva a matemática.

.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

GOVERNO AFINAL CRIA IMPOSTO PARA VEÍCULOS ELÉCTRICOS

Diz Sócrates: «Se um carro eléctrico já existisse actualmente, apenas pagaria 30 por cento do imposto automóvel, já que este imposto tem em 70 por cento uma componente ambiental. O Governo está disponível para criar um quadro fiscal ainda mais atraente”»

Mas…. de acordo com o Código do Imposto sobre veículos,
Artigo 2.ºIncidência objectiva(…)

2 — Estão excluídos da incidência do imposto os seguintes veículos:
a) Veículos não motorizados, bem como os veículos exclusivamente eléctricos ou movidos a energias renováveis não combustíveis;
e no Codigo do Imposto Único de Circulação
« Artigo 5.ºIsenções1 — Estão isentos de imposto os seguintes veículos: (…)
d) Veículos não motorizados, exclusivamente eléctricos ou movidos a energias renováveis não combustíveis, veículos especiais de mercadorias sem capacidade de transporte, ambulâncias, veículos funerários e tractores agrícolas;

AFINAL PARECE QUE NÃO PASSA DE MAIS UMA ALDRABICE DO COSTUME

quarta-feira, 9 de julho de 2008

CARRO ELECTRICO / RENAULT / SOCRATES / BRINCADEIRA com o nosso dinheiro

Do que li até agora sobre o carro eléctrico de Sócrates, tiro o seguinte:
- Portugal compromete-se a criar uma infraestrutura de abastecimento para um carro produzido em França
- Portugal compromete-se a subsidiar a produção de carros franceses através da redução do imposto automóvel
- O carro eléctrico em causa é economicamente inviável. Tem um custo significativamente superior a um carro idêntico a combustíveis fósseis.
- Este projecto baseia-se no pressuposto de que o futuro será uma extrapolação do passado. Se, entretanto, ocorrer uma inovação inesperada (por definição, todas são) a infraestrutura de abastecimento do carro eléctrico terá o mesmo destino que os projectos de “uma caixa de correio electrónico para cada português”.
- O carro eléctrico em causa parece requerer tempos de abastecimentos longos, o que o torna desde logo pouco competitivo em relação a outras soluções em desenvolvimento.Se assim for, grande parte da infraestrutura de abastecimento corre grande risco de estar obsoleta no dia em que o primeiro carro sair da fábrica.
- A entrevista do ministro do ambiente ao Jornal de Negócios é esclarecedora. Diz o ministro que a grande vantagem da ideia é o cumprimento do Protocolo de Quioto (o carro será lançado no ano em que o Protocolo de Quioto expira e em que o ministro já não será ministro). Em relação ao custo/benefício, o ministro responde que essa não é a questão.
do Blasfémias

segunda-feira, 7 de julho de 2008

FOZ CÔA

José Sócrates assinou o contrato de adjudicação para a construção da barragem do Baixo Sabor. A barragem do Sabor tornou-se mais ou menos inevitável desde que se suspendeu Foz Côa. Na época ninguém fez contas aos custos económicos e ambientais da suspensão da barragem de Foz Côa. Um desses custos está agora aí na construção da barragem do Baixo Sabor e no quase apagamento do que aconteceu em Foz Côa.
Em 1994, com o PS já a cavalgar a onda que levaria Guterres ao poder e mediaticamente aliado a uma esquerda que ditava as regras do bom gosto, transformou-se a questão das gravuras de Foz Côa num cavalo de batalha contra o cavaquismo. Este estava exausto e ninguém foi capaz de defender a barragem e sobretudo de dizer que todo aquele alegado interesse internacional pelas gravuras se esvairia em pouco tempo.
Os turistas prometidos nunca apareceram, os arqueólogos levantaram a tenda e partiram para outras cruzadas. Sobraram os portugueses que pagaram o que lá está da barragem, mais as viagens e os trabalhos duns investigadores estrangeiros para que falassem de Foz Côa, mais os filmes que ninguém viu mas “fariam renascer o interesse por Foz Côa” e o museu que depois do falhanço de tudo o mais, esse é que “vai levar gente a Foz Côa”. O pior é que não só pagamos tudo isto e mais o que inventarem como ainda vamos perder o Baixo Sabor. A quem se pode mandar a conta?

*PÚBLICO

COMUNICAÇÃO SOCIAL CONTROLADA?

É sem dúvida um dos grandes mistérios deste ano. Falo do desaparecimento dos piquetes que esperavam Correia de Campos à porta de qualquer hospital.
Morria um centenário numa urgência hospitalar e de imediato se perguntava a Correia de Campos como era isso possível. Agora a indignação acabou.
No Alentejo, uma criança foi atropelada e nenhuma ambulância respondeu ao pedido de socorro, acabando a ser transportada por um médico, no seu próprio carro.
No Algarve, uma mulher caiu e esperou até morrer por uma ambulância que não existia.
No pátio duma escola do Montijo, um aluno caiu inanimado. Durante meia hora, professores e colegas tentaram convencer o INEM a enviar uma ambulância. O jovem acabaria por morrer… É claro que não existe uma ambulância disponível parada à espera de cada um de nós. Mas são muitos os falhanços.
Curiosamente, agora ninguém se indigna e muito menos continuam a chegar aos jornais as transcrições das conversas telefónicas entre o INEM e os bombeiros.
*PÚBLICO

É PRECISO MUITA ATENÇÃO

Numa faculdade de medicina o professor diz:
-Os médicos têm que aprender duas coisas importantes:
- Ter muita atenção
- Nem um pouco de nojo.
Por isso, vamos fazer um teste.
Trouxeram um cadáver e o professor enfiou o dedo no cu do morto; lambeu e mandou todos fazerem o mesmo.
Todos se entreolharam, com cara de nojo, mas fizeram o mesmo.
Depois que todos lamberam o dedo, o professor disse:
- Óptimo! Nojo vocês não têm.
Agora só falta a atenção, pois eu enfiei um dedo e lambi outro.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

PINÓQUIO

“Reduzir impostos em 2009 seria uma aventura”. A afirmação foi de José Sócrates, em entrevista concedida ontem na RTP. Na mesma entrevista em que anunciou que o Governo "vai avançar com uma proposta de aumento das deduções fiscais no IRS nos créditos à habitação para as famílias mais carenciadas". Perante isto, das duas uma: ou o nosso primeiro-ministro é de tal forma incompetente que desconhece que um aumento das deduções fiscais representa uma efectiva descida de impostos ou então é simplesmente mentiroso e decidiu entrar já em campanha eleitoral, anunciando medidas demagógicas que mais não são que pura propaganda.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

MENINO D`OIRO

O meu menino é d'oiro
É d'oiro o meu menino [bis]

Hei-de levá-lo ao céu
Enquanto for pequenino [bis]

Enquanto for pequenino
Tão puro como o luar [bis]

Hei-de levá-lo ao céu
Hei-de ensiná-lo a cantar [bis]

(Fado de Coimbra)