Realizou-se na pssada 2ª Feira na Cidade da Guarda o JULGAMENTO E MORTE DO GALO DO ENTRUDO, deixo-vos aqui o TESTAMENTO
Camaradas, companheiros
Delegados de outros galinheiros
Já percebi onde isto vai dar
Vieram todos para me queimar
Esta noite no lugar
Escreveram sentença de morte
Nada posso contra tal sorte
Mas deixai-me, pela última vez, cantar
Sou um galo independente
Tenho escrito o testamento
Deixo o pescoço ao Valente
E o mais da goela ao Vitinho, à Doutora… e ao Bento!
Não ordeno que cantem em coro
Pois cada ave tem sua afinação
Mas não trovem ao desafio – tenham decoro! –
E cantem a mesma canção
Aos membros das oposições
Deixo os meus esporões
Não estou a pedir a guerra
Mas, pelo menos, desçam à terra!
Aos deputados da Nação
– e deputadas, pois então! –
Deixo as minhas esgravatadeiras
Para não dormirem nas cadeiras!
Entregai as minhas penas,
Meu casaco avermelhado
Ao Nosso Bispo (sem pecado!)
Para o aconchegar nas novenas
Deixo as penas do pescoço
Variadas e pintadas
Às moças que procuram moço
Para andarem mais enfeitadas
Ofereço aqui o poleiro
E o papo, que foi meu celeiro
Para pagar o dinheiro
Que devem ao testamenteiro
Dou a minha magra chicha
Que é muito bom alimento
Ao TMG, que se lixa
Porque não há orçamento
Fábricas, emprego e Plie
Parece que há, agora, quem se fie
Deixo então o meu bico
Ao primeiro que disser: eu fico!
As penas do meu rabo
Podem dar um abanador
Porque no fim deste folguedo
Vai-vos dar o calor!
Deixo os meus fígados ruins
Aos velhos da retaguarda
Aos que não confessam os fins
E aos do falso amor à Guarda
Também o molho das tripas
E toda a mais demasia
Deixo a quem só vive de tricas
E nada fez, e nada faz – mas diz sempre que fazia!
Dizem, Senhor Alcaide
Que no tempo das avozinhas
Lugar onde havia galo,
Não cantavam as galinhas
Agora, diz a galinha:
– Eu calada é que não fico!
E anda para aí muito capão
Que não se atreve a abrir o bico!
Sendo assim, Senhor Castelão
Mesmo que mal lhe pareça
A melhor parte – o meu coração
Não deixo à vossa pertença
Bom coração já vossa mercê tem
Até digo que vale por dois!
Onde o auxílio lhe fica bem
É mais abaixo, nos… calções!
Cedo-lhe aqui os badalos
que não levarei comigo!
Mas se os cozinhar para a oposição
passe-os também por fogo amigo!
Meu coração deixo então
Ao povo deste lugar
Para ajudar a pagar
A Quinta do Alarcão
Ofereço-vos também a crista
Mas quero-a esticada para cima!
Já nem vos posso pôr a vista
Quando vos queixais da auto-estima!
Adeus Guarda, que abalo
Deixo-te o corpo, trata da alma
Se prò ano não estiveres calmaCulpa-te a ti – não chateies o galo!
Camaradas, companheiros
Delegados de outros galinheiros
Já percebi onde isto vai dar
Vieram todos para me queimar
Esta noite no lugar
Escreveram sentença de morte
Nada posso contra tal sorte
Mas deixai-me, pela última vez, cantar
Sou um galo independente
Tenho escrito o testamento
Deixo o pescoço ao Valente
E o mais da goela ao Vitinho, à Doutora… e ao Bento!
Não ordeno que cantem em coro
Pois cada ave tem sua afinação
Mas não trovem ao desafio – tenham decoro! –
E cantem a mesma canção
Aos membros das oposições
Deixo os meus esporões
Não estou a pedir a guerra
Mas, pelo menos, desçam à terra!
Aos deputados da Nação
– e deputadas, pois então! –
Deixo as minhas esgravatadeiras
Para não dormirem nas cadeiras!
Entregai as minhas penas,
Meu casaco avermelhado
Ao Nosso Bispo (sem pecado!)
Para o aconchegar nas novenas
Deixo as penas do pescoço
Variadas e pintadas
Às moças que procuram moço
Para andarem mais enfeitadas
Ofereço aqui o poleiro
E o papo, que foi meu celeiro
Para pagar o dinheiro
Que devem ao testamenteiro
Dou a minha magra chicha
Que é muito bom alimento
Ao TMG, que se lixa
Porque não há orçamento
Fábricas, emprego e Plie
Parece que há, agora, quem se fie
Deixo então o meu bico
Ao primeiro que disser: eu fico!
As penas do meu rabo
Podem dar um abanador
Porque no fim deste folguedo
Vai-vos dar o calor!
Deixo os meus fígados ruins
Aos velhos da retaguarda
Aos que não confessam os fins
E aos do falso amor à Guarda
Também o molho das tripas
E toda a mais demasia
Deixo a quem só vive de tricas
E nada fez, e nada faz – mas diz sempre que fazia!
Dizem, Senhor Alcaide
Que no tempo das avozinhas
Lugar onde havia galo,
Não cantavam as galinhas
Agora, diz a galinha:
– Eu calada é que não fico!
E anda para aí muito capão
Que não se atreve a abrir o bico!
Sendo assim, Senhor Castelão
Mesmo que mal lhe pareça
A melhor parte – o meu coração
Não deixo à vossa pertença
Bom coração já vossa mercê tem
Até digo que vale por dois!
Onde o auxílio lhe fica bem
É mais abaixo, nos… calções!
Cedo-lhe aqui os badalos
que não levarei comigo!
Mas se os cozinhar para a oposição
passe-os também por fogo amigo!
Meu coração deixo então
Ao povo deste lugar
Para ajudar a pagar
A Quinta do Alarcão
Ofereço-vos também a crista
Mas quero-a esticada para cima!
Já nem vos posso pôr a vista
Quando vos queixais da auto-estima!
Adeus Guarda, que abalo
Deixo-te o corpo, trata da alma
Se prò ano não estiveres calmaCulpa-te a ti – não chateies o galo!
2 comentários:
Muito bonito e tradicional!
Esta de parabens a Guarda.
Um abraco dalgodrense.
"Ca ganda" Galo!!!
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