domingo, 1 de agosto de 2010

PORTUGAL ARDE

A floresta propriedade das celuloses não arde! Porquê?

Porque aquelas empresas privadas têm uma politica para a floresta, desde o plantio, com acessos generosos, limpeza adequada, uma equipa privativa de bombeiros e de gestores da floresta, que limpam, vigiam…

O Estado não tem política nenhuma para a floresta, ano após ano, arde tudo, parece que é mais fácil deixar arder do que ter uma política preventiva de limpeza, rasgar acessos, vigiar, limpar. É melhor ou mais barato, deixar arder?

Há tanta gente no desemprego, tanta gente a receber subsídios, tanta gente presa, a troco de um vencimento a juntar ao subsídio não se impediria um prejuízo muito maior dando emprego a tanta gente? Em articulação com os proprietários privados? Bem sei que as celuloses estão num negócio, a floresta é a matéria prima para as suas fábricas, pois então a gestão florestal Estatal é o que tem que fazer, desenvolver um cluster da floresta por forma a que a gestão da floresta seja uma actividade económica e não os fogos de todos os anos!

O Estado não faz nem deixa fazer! Até a cãmara do Porto não tem tempo para limpar a escarpa das Fontaínhas!

Ou se cria um cluster económico da floresta ou os fogos nunca se apagarão!

retirado do AVENTAR

“Mas é preciso avançar com a madeira para carpintaria e outras actividades.”
A carpintaria que usa a nossa madeira de pinho é a das paletes.

E qualquer dia, nem essa.
Um fogo começa, alguém dá o alarme para o 117, esse alguém tem de se identificar, a autoridade manda outra autoridade confirmar e passa-se meia hora nisto. Quando finalmente são accionados os meios de combate, vulgo bombeiros, já a coisa tem uma tal dimensão que lhe permite ser notícia, pelo menos na rádio.

O ideal é que seja também notícia do telejornal.
A coisa vai crescendo e lá pela hora a que está tudo incontrolável, a arder e de que maneira aparece por exemplo este senhor:
O SenhorComandante Nacional de Operacões e Socorro da Autoridade Nacional de Proteção Civil, Paulo Gil Martins.
Muito bem fardado, cheio de cagança e de emblemas cosidos à farda, obtidos em congressos onde se trata de teorias e almoçaradas. Nem o Príncipe de Gales tem um cargo com um nome tão pomposo!
Fala pomposamente, de boina na cabeça, geralmente dentro de uma coisa com ar condicionado, atribuindo as culpas à chuva que caiu em Fevereiro e Março, que fez crescer muita erva, ao calor, ao tempo, ao terreno, ao vento e coisa e tal, aos donos dos pinhais, mas nunca ao sistema que criaram e mantêm para bem bem da industria das mangueiras, dos capacetes e da parafernália toda com que se equipam e faz dos nossos bravos bombeiros, dos mais bem equipados do mundo.
E também dos mais mal comandados.
retirado de um comentário do AVENTAR

2 comentários:

Anónimo disse...

Concordo com o que o Sr. escreve, no entanto acrescento um dado relevante senpre que alguém deita faladura fala dos acessos, da limpeza fala de tudo memos do essencial:
Quanto aos acessos rasgue-se estradões, não é caro e poupa-se em rapidez.
Criem-se pontos de agua, tambem não é caro e todos os meios se podem abastecer " no teatro de Operações"

Anónimo disse...

Cont.
Puxem-se para o dito "teatro" já que é cenario de guerra os fardados do exercito penso não ser obrigatório o recurso a vigilancia submarina.
Obrigue-se o estado a limpar, e os particulares que não o façam a perderem direitos sobre as terras.acrescente-se meia duzia de RSI e temos menos incendios.