terça-feira, 17 de março de 2009

NO SEC. XXI COMO NO SEC.XIX, NO PAÍS DOS MAGALHÃES

Portugal continua entre os países da Europa com mais novos casos de tuberculose e a fraca tendência para que diminuam, segundo os responsáveis pelo Programa Nacional de Luta Contra a Tuberculose, pode até inverter-se face às implicações sociais da crise que vivemos. Ora, a verdade é que o crescimento galopante dos casos de tuberculose em Portugal constituem uma vergonha que se acentua há anos sem qualquer explicação razoável. Não só por estar acima dos níveis europeus (como sempre), mas porque esta doença estava praticamente erradicada há décadas.
Lembro-me de ser garoto e das carrinhas que visitavam todas as escolas do País para aplicação ambulatória da vacina contra a tuberculose, que era obrigatória. As aulas eram interrompidas e todos faziam fila à porta da escola para ir à carrinha da Saúde apanhar a vacina Bacillus Calmette-Guérin (BCG, como era conhecida e se lia em letras garrafais naqueles veículos).
O programa era do Estado Novo e a BCG devia ser uma vacina fascista, porque depois isso desapareceu e nunca mais se viu. Actualmente, o caso é uma das vergonhas nacionais. Porventura escusada, esta. Ainda por cima, nem de perto nem de longe este cenário está sequer controlado. Uma vergonha (e gravidade, bem entendido) tanto maior quanto se sabe que a tuberculose é própria dos países em vias de desenvolvimento, praticamente confinada aos meios sociais de acentuada pobreza e de condições de vida deploráveis.
Estamos nisto há anos. Reapareceu, cresceu, agravou-se, está a espalhar-se descontroladamente e ninguém consegue estancar a situação. No século XXI como no século XIX. E ainda vai piorar com a crise — dizem.

1 comentário:

Luis Melo disse...

No início do mês de Fevereiro, Augusto Santos Silva, queria expulsar Manuel Alegre do PS, o que motivou uma reacção pesada do poeta socialista.

Passado uns dias, o mesmo Augusto Santos Silva, disse que Manuel Alegre seria muito bem vindo ao congresso do partido. Acrescentando que ele próprio também era crítico por vezes.

Algumas semanas volvidas, Augusto Santos Silva volta a mudar de opinião e, numa entrevista, sugere que Manuel Alegre deveria abandonar as listas do PS nas próximas eleições legislativas.

Passados apenas mais 4 dias, Augusto Santos Silva, dá novamente um passo atrás e garante que o PS terá todo o gosto em contar com Manuel Alegre.

Das duas uma, ou estamos outra vez a lidar com o Augusto Santos Silva ministro e com o Augusto Santos Silva cidadão... ou então a coerência deste senhor é ZERO !!