terça-feira, 27 de dezembro de 2011

NEGÓCIO DA CHINA NO CAFÉ


> Sem dúvida que é à mesa do café que se entrecruzam as mais diferentes conversas sobre os temas mais díspares. A conversa que ides ler aconteceu. Parece absurda, surrealista, inimaginável mas aconteceu. E quem sabe lá se o especialista em assuntos sobre a China é que está certo...

- Viva, Alberto! Senta-te, pá! Estávamos aqui a falar daquele grande negócio dos chineses que compraram a EDP...

- Negócio dos chineses, não! Digo-vos melhor, foi um negócio da China.

- Ó Alberto, que és um dos especialistas que mais sabe sobre os assuntos relacionados com a China já nós sabemos, por isso, é que gostaríamos de ouvir a tua opinião...

- Foi um negócio da China porque em Portugal, infelizmente, e mesmo depois de termos estado quinhentos anos em Macau ainda não aprendemos a conhecer os chineses e muito menos a fazer negócios...

- Então, diz lá!

- A coisa é assim: a China anda há muito tempo a pretender entrar na Europa e ninguém lhe abriu a porta, nem alemães, nem ingleses, nem franceses. A China só queria ser proprietária de uma empresa europeia e a EDP serve-lhe às mil maravilas os seus intentos. E ainda por cima de borla...

- De borla, pá?!

- Sim, de borla. Dois, cinco ou dez mil milhões de euros para a China são amendoins. A China agora pode comprar o que quiser. Depois de ter o controlo da EDP vai compra esta, aquela e aqueloutra empresas europeias e tornar o seu sonho uma realidade...

- Qual sonho, pá?

- Os portugueses que negociaram a venda da EDP são burros e não há nada a fazer. Só vos dou um exemplo. Se o Governo português garantisse à China que a EDP seria para eles mas tinham de pagar as auto-estradas que estão por pagar para o povo nunca mais pagar portagem, os chineses pagavam. Se lhes dissessem que tinham de construir uma ponte sobre o Tejo e um TGV até Espanha, os chineses pagavam. Se lhes dissessem que era preciso construir o aeroporto de Alcochete, os chineses pagavam. O importante era que em troca Portugal garantisse a EDP. Assim, levaram a EDP por uns míseros dois mil milhões de euros e Portugal ficou a chupar no dedo com dívidas até aos cabelos. A China vai avançar e o seu sonho é conquistar, melhor, ir comprando tudo na Europa. Pois fiquem sabendo que a compra da EDP foi o melhor presente de ano novo que alguém podia dar à China. Eles como donos da EDP não vão parar mais, vão comprar em Espanha, em França, na Alemanha, em Inglaterra e depois irão atacar a Rússia...

- A Rússia, pá?!

- Sim, a Rússia, meus caros! Essa é que é a grande jogada da compra da EDP, esse é que é o sonho chinês e o resto são balelas. Quem estiver vivo daqui a vinte anos dirá que eu tinha razão...

roubado ao PPTO

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

SUGESTÕES



A sugestão, feita pelo primeiro ministro, de "emigração" dos professores excedentários, levantou uma pequena vaga de clamores.

Algumas notas sobre as "indignações":

O que os "indignados" parecem esquecer é que não apenas os professores - ou, em boa verdade, aqueles que aspiram a vir a ser professores - que têm problemas de emprego. Engenheiros, arquitectos, licenciados em direito, têm cada vez mais demandado países lusófonos, países da UE, os USA ou países asiáticos, à procura de emprego. Porque razão, então, tanta "indignação" com a afirmação do primeiro ministro? Porque razão é que o Estado tem que se "ensarricar" de professores, só para lhes arranjar emprego, mesmo que eles não sejam necessários...???

O problema de emprego é, em geral, um problema de todos os licenciados, agora "mestres", que "saem" das faculdades, em doses industriais. O problema dos licenciados, agora "mestres", é que verdadeiramente foram enganados quando lhes disseram que tirar um curso superior dava emprego garantido. O que um curso superior dá é, quando muito, formação superior - o que até nem é completamente verdade porque há cada vez mais licenciados, agora "mestres", que são totalmente incultos e ignaros, apesar do "canudo".

O problema do desemprego de licenciados, agora mestres, é que as universidades transformaram-se numa verdadeira "fábrica de chouriços", criando cursos incríveis e "formando" em série gente que, à partida, se sabia que dificilmente ou nunca iriam arranjar um emprego compatível com as suas habilitações.

Em contrapartida, estimulou-se a ideia de que ser-se agricultor ou torneiro-mecânico ou electricista especializado ou canalizador eram profissões menores.
Agora, mesmo que não tenham jeitinho nenhum nem "saibam a ponta de um chavelho" são todos professores, engenheiros, arquitectos, juristas, etc. Mas desempregados...

Talvez assim se compreendam melhor porque se fazem determinas sugestões...