domingo, 17 de fevereiro de 2013

D. Sebastião


Um conjunto de gente muito séria continua produzindo opinião nos órgãos de comunicação social com conversa barata ignorando ainda e sempre esse dado incontornável: não há, nem haverá tão cedo, dinheiro para a vida do passado. No momento em que o défice ultrapassou os 10% e a dívida pulou os 100% de toda a riqueza produzida ao longo de todo um ano em Portugal essa vida acabou. Mas já nem pergunto se é preciso um desenho, porque nem com desenho esta gente vai lá. O que é preciso é continuar a ocupar espaço nos jornais e televisões com a politiquice diária inconsciente que tem alimentado a nação de há muitos anos a esta parte, sempre na ténue esperança de que se dê o regresso do político corta-fitas. Ele, o político corta-fitas, é o D. Sebastião dos nossos tempos. E com o seu desaparecimento há muito boa gente em estado de choque.

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