sexta-feira, 1 de agosto de 2008

REGRESSO AO PASSADO?

Os sindicatos não o sabiam, eu também não e, dada a forma sumária como foi discutido o Código do Trabalho, suspeito que o Governo se lembrou de promover este regresso à pré-história já depois do desfecho da encenação a que assistimos na concertação social. Confesso que até fiquei banzado quando li que a proposta de lei de alteração da legislação laboral prevê que o trabalhador já não tem de dar o seu acordo para que parte da retribuição a que tem direito seja paga em espécie. Caso se confirme este regresso aos dias de ouro das trocas directas, o conceito de modernidade de José Sócrates vai permitir, por exemplo, que alguém que trabalhe numa fábrica de ferragens coma pregos no prato todos os dias. À rico. Isto é que vai ser qualidade de vida. Os chineses, que recebem em malgas de arroz, hão-de roer-se de inveja quando souberem.

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