domingo, 7 de junho de 2009

O PSD GANHOU

A abstenção aumentou, mas votaram mais 160.000 pessoas do que em 2004.
O PS perdeu mais de 600.000 votos.
A CDU ganha 70.000 novos eleitores.
O BE aumenta o seu score em mais de 200.000 votos (mais do que duplicando a votação).
PSD e CDS, em conjunto, sobem de 33,28% para 40,07%.

Apesar do crescimento muito expressivo da extrema esquerda, a esquerda, no seu conjunto, perdeu eleitores.

Convém recordar a vitória estrondosa que o Partido Popular Europeu está a ter esta noite em toda a Europa. E convém também relembrar que o discurso anti-capitalismo e anti-neoliberal de uma grande parte da esquerda está a receber um rotundo não dos milhões de eleitores europeus. Para memória futura.

Eu não alinho em teorias de conspiração; é claro que o senhor da Eurosondagem gosta sempre de explicar como os eleitores aprovam o PS, mas os restantes são mais parcimoniosos. Também se entende que a abstenção complica a previsão de resultados. Mas estas sondagens foram todas muito estranhas, há que reconhecer. O PS ganhava, o Bloco de Esquerda chegou a ter 18%, o CDS estava moribundo. Nada disto se verificou, nem de perto. Assim, caros senhores das empresas de sondagens, ou os eleitores gozam deliberadamente com o V. trabalho ou é tempo de reverem os vossos métodos que são, como dizer sem ferir susceptibilidades?, tendenciosos.

O CDS é, também, um dos grandes vencedores da noite.

1 comentário:

Luis Melo disse...

Excelente a vitória do PSD, com 5% de vantagem sobre o PS. Uma grande vitória de Manuela Ferreira Leite pela escolha do excelente cabeça de lista que foi Paulo Rangel. Uma vitória da forma de fazer política, de verdade, de seriedade, de honestidade. Uma vitória de um partido que apresentou propostas, ideias e estratégias.

Uma derrota inequívoca de José Sócrates e do PS. Passam de 12 para 7 eurodeputados, perdem nos Açores (onde recentemente ganharam as Regionais) e ganham apenas em 2 distritos (sendo que em Lisboa foi apenas por 0,5%).

Não pode haver a desculpa da crise internacional, que castigou os governos. Sarkozy, Merkl e Berlusconi venceram, enquanto que os governos socialistas de Brown, Zapatero e Sócrates perderam. Foi a derrota da politica socialista que é despesista, premeia a partidarite no lugar do mérito e do trabalho, apoia e legitima a corrupção.

No contexto europeu, o PPE (onde se inserem PSD e CDS) será o maior partido com cerca de 260 deputados, contra os cerca de 150 dos socialistas (onde está o PS). A Europa teve consciência e sabe que rumo quer tomar.