sábado, 15 de agosto de 2009

uma questão de fé

Quando os interesses de uma nação se confundem com os partidários, quando a governação é eleita em função da clubite partidária, mal anda o país.

É o que acontece em Portugal. E nem valerá a pena referir os incontáveis atropelos que entulham os tribunais, os inúmeros detentores e candidatos a cargos públicos a contas com investigações, julgamentos e suspeitas diversas. O povo português, aceita o princípio da trafulhice, do tráfego de influências, da corrupção, ou do apropriamento indevido, como salutares princípios de vida. A febre partidária limpa qualquer nódoa por muito grande que seja.

Um povo adulto, saberia escolher os seus líderes em função dos seus próprios interesses colectivos, e não por vestirem de rosa ou laranja. Saberia distinguir entre quem se propõe a servir a cousa pública por dever de cidadania, e os que apenas vêem na mesma, uma fonte extraordinária de receitas, mordomias e oportunidades.

As consequências deste laisse-faire, está à vista de todos. Tal como a clubite, a partidarite é resultado de uns poucos interesses privados, à mistura com uma enorme dose de ignorância, analfabetismo funcional, e desresponsabilização colectiva. Preterir gente séria e competente em função de candidatos do partido, é uma questão de fé que só pode resultar no aprofundar deste clima de república centro africana em que vivemos.

Talvez porque, enquanto povo, não mereceremos outra coisa, pois que nem sequer alcançámos ainda a maturidade que separa o trigo do joio.

noticias da aldeia

1 comentário:

Danadinho disse...

Infelizmente assim é! os Portugueses, de uma maneira geral, não têm maturidade e, além disso, passaram muito tempo a dizer "Amen": isso são coisas que custam a passar...só com muito tempo, muito trabalho e algumas bofetadas...somos assim...
Cumprimentos