Considere-se 3 personagens: o empresário, o intermediário e o político.
O empresário tem muito a ganhar com a aprovação de um determinado projecto que só o político pode aprovar.
O intermediário tem acesso directo ao político e mantém com ele uma grande relação de confiança (por exemplo, são tio e sobrinho). Para alem disso, o intermediário é conhecido pelos seus serviços de intermediação, que consistem em colocar pessoas em contacto umas com as outras para resolver licenciamentos.
A coisa funciona assim:
O empresário vai ter com o intermediário (isto é perfeitamente legal).
O intermediário coloca o empresário e o político em contacto (isto é perfeitamente legal).
O licenciamento é feito de acordo com a lei (isto é perfeitamente legal).
O intermediário recebe uma comissão pelos seus serviços de intermediação (isto é perfeitamente legal).
Até pode receber o dinheiro num off shore (isto é perfeitamente legal).
Passados 2 meses há eleições.
O tio, como bom amigo da família, resolve apoiar a Democracia através do financiamento da campanha eleitoral do sobrinho (isto é perfeitamente legal e compreensível).
Como estão a ver, qualquer jurista conseguirá provar que cada um dos actos desta trama é legal. Não há crime.
Podem ir todos em paz.
in Blasfémias.net
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