Não foi a crise que tornou Portugal num País desigual e assimétrico.
Não foi a crise que nos estorvou o desenvolvimento.
Não foi a crise que nos tornou o último dos Quinze da União Europeia, caminhando a passos largos para nos instalarmos nos piores lugares dos Vinte e Sete.
Não foi a crise que ampliou a distância entre ricos e pobres neste regime.
Não foi a crise que tornou a Justiça num sistema infernal de ineficiência.
Não foi a crise que levou o ensino público à depreciação de quase todos.
Não foi a crise que facilitou o desdém pela classe política.
A nossa crise é mais antiga e profunda do que esta a quem querem assacar todos os males: é a nutrida ‘Tradição do Mau Governo’. Quando a crise dos outros passar esta restará, ainda mais entranhada.
* CM, 8.I.2009
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